quinta-feira, 7 de julho de 2011

COISAS DA VIDA!

É engraçado como as coisas acontecem. Há dias, na vida da gente, que devem ser esquecidos. A gente passa tanta coisa num só dia que quando chega ao final dele, não sabem nem mesmo como agradecer à Deus por seu término.
Tem dias que você só quer chorar, se esconder do mundo, ficar debaixo de seu cobertor. Há dias que você não quer falar com ninguém, ou melhor, seria ótimo se não conversasse com ninguém.
Há dias em que parece que tudo foi preparado para dar errado, para nos decepcionar.
Esses dias maus são difíceis de serem enfrentados; você não consegue fugir, não consegue enfrentá-lo, não consegue acertar, recebe-se notícias ruins, encontra pessoas que deveriam permanecer longe, muito longe, se decepciona com pessoas queridas, sente falta de um abraço amigo e por aí vai.
Nesses dias, o que interessa, no fundo, é que eles se acabem. Mas a noite também faz parte deles. E quando você vem de um dia desgastante, a noite se torna um verdadeiro tormento. O cansaço é terrível; tão terrível que a cama parece ter pregos; não há posição agradável para estar deitado. As horas se tornam sua maior e mais cruel inimiga, mesmo assim faz questão de acompanhá-lo por toda a escuridão. O sono não vem. A cabeça fica cheia, você pensa em tudo e nada tem solução. Nada é agradável. Mais isso não é só comigo ou com você, é com todos os homens, santos ou não!
Um dos Discípulos de Cristo pôde enfrentar um desses intermináveis e causticantes dias. Seu nome, Pedro, a rocha inabalável, o impetuoso, o mais fiel de todos, o destemido, o "cara"; decido a seguir a Cristo até o último instante do mestre e, acima de tudo, defendê-lo.
Mas, quando achamos que somos poderosos demais, fortes demais, indestrutíveis e inabaláveis, vem uma brisa, uma suave brisa, e nos derruba de forma tão terrível, que nos tornamos irreconhecíveis até mesmo para nós.
Pedro, enfim, estava ali para viver seu dia mais violentamente longo e angustiante.
Cristo, o seu Senhor e Mestre, havia sido preso. Pedro, seu mais audaz defensor, foi seguí-lo e ficou de longe para ver o que aconteceria com Jesus. Talvez até torncendo para que desse tudo certo para Cristo. De repente, alguém o reconhece. Momento difícil! Aqui começa o vagar de Pedro, a rocha, por um dia interminavelmente longo, o qual iria durar uma eternidade até que chegasse seu pôr e nascer do sol; uma criada o vê, nota seu semblante, seu olhar desconfiado, sua vontada de gritar, talvez chorar, e diz: "tu também estavas com Jesus, o galileu.". Neste pavoroso instante a única coisa que lhe vem ao pensamento, mesmo tendo passado dias agradáveis ao lado de Cristo, dias de boas palavras, dias de mansidão, diz a pedra: "Não sei o que dizes."
Corre Pedro para a porta do pátio onde se encontrava, e outra mulher o reconhece; triste coincidência, proclama ela:"Este também estava com Jesus, o nazareno.". E mais uma vez o dia se torna pesado, nublado, feio. e jurando, Pedro diz: "Não conheço tal homem.". Dia de ficar deitado, coberto da cabeça aos pés; dia de não ver ninguém; dia mal. E, mais uma vez, o dia nubla, escurece, pesa, quando uma multidão, ao se aproximar do pobre Pedro, se dirige a ele dizendo: "Verdadeiramente também tu és deles, pois a tua fala te denuncia.". Pedro, com toda sua arrogância, em meio a praguejamentos, jura: "Não conheço esse homem.".
O dia pesa nos ombros de Pedro Pedra Rocha e Fé. As desilusões vêm à tona. As incertezas da vida, rondam seu caminho. O dia teima em não terminar. O sol, insitentemente, permanece lá em cima. Iria ser um término de dia difícil de acontecer. A única coisa que lhe restou foi o choro amargo da decepção, da desilusão, do peso pesado do dia.
Todos nós somos falhos; todos estamos sujeitos ao dia duro, à noite longa. Mas, quando tudo parece perdido; quando o pecado parece ter consumido nossa alma; quando já não resta motivos para mais nada, Cristo, com seu imenso amor, sua inacreditável mansidão, seu grandioso e infinito perdão, nos indaga: "Tu me amas?" E quando conseguimos olhar em sua direção, reconhecer nosso pecar, chorarmos em sua presença, Ele estende a mão, toma nosso fardo pesado, dissipa a longa noite e nos mostra que com ele no barco, tudo vai bem, tudo vai muito bem!

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