sábado, 24 de dezembro de 2011

BOAS OBRAS COM CRISTO

Um dia desses estava eu em casa assistindo um determinado programa em que uma entrevistadora fica a perambular por um aeroporto de São Paulo à procura de pessoas e suas expectativas antes de embarcarem ou receber quem desembarca.
Numa dessas investidas, ela avistou uma senhora numa cadeira de rodas, rodeadas por um grupo de pessoas, as quais estavam com os olhos lacrimejando.
Aproximando desse grupo de pessoas foi logo perguntando: É tua avó? E a menina, a quem a pergunta foi direcionada, de pronto respondeu: Não, é somente nossa amiga!
Amiga? como assim? replicou a entrevistadora. É, nossa querida amiga. respondeu a menina com seus olhos cheios de lágrimas e a voz embargada. Por favor, me contem essa história. solicitou a moça da televisão.
E a menina, com seus quase dezesseis anos começou a relatar-lhe o que ocorrera:
- Um dia desses estávamos em casa e recebi um telefonema de uma amiga minha que trabalha num hospital como voluntária. Ela nos contou que havia uma senhora de Roraima, que estava internada ali, e que só tinha uma amiga que a ajudava de vez em quando, mas, que naqueles próximos dias não teria ninguém para ficar com ela pois sua amiga teria que fazer uma viagem e aquela mulher não podia ficar sozinha.
Após conversar com meus pais,eu e minhas irmãs revesávamos no auxílio àquela senhora desamparada, até chegar ao ponto de não conseguirmos mais ficar longe dela; ela havia se tornado parte de nossa família.
Um belo dia, com todos os cuidados médicos, foi-lhe dado alta e sua amiga a levou para sua casa. passados alguns dias ficamos sabendo que familiares da amiga daquela senhora, incomodados com a presença da doente e, por se sentirem sem espaço, resolveram que não podiam mais suportar a presença daquela velha morimbunda.
Quando soubemos disso e já um tanto afeiçoados com aquela frágil senhora, com a aprovação de meus pais, fomos buscá-la para morar conosco. Meu coração quase explodiu de felicidade.
Chegando em casa, preparamos tudo e condicionamos nossas vidas e nosso lar para acolher aquela adorável desconhecida, delicadamente dependente de amor.
Enfim, ficamos com ela; cuidamos dela, amamos ela.
Meu pai conseguiu, com todo o esforço possível, todos os remédios pra ela. Nos ajudou a acompanhá-las em todas as suas consultas, em todas as sessões de fisioterapia. E hoje, ela muito melhor do que quando a pegamos, está voltando para sua casa, lá em Roraima.
A entrevistadora, com os olhos cheios de uma mistura de dó e felicidade, quis saber se ela iria viajar sozinha e se havia alguém esperando-a no aeroporto. De pronto, seu querido pai, quase chorando de saudades, deixou claro que ele mesmo iria acompanhá-la e deixá-la dentro de casa, com seus familiares. As passagens, seu pai comprou dividindo tudo em dez vezes e estava satisfeito da vida em ter feito essa dívida. Vou deixá-la nos braços de seus familiares, com todos os remédios, os quais consegui por um período de três anos e vou mandá-los todos os meses e, daqui seis meses vou retornar à sua casa para ver se ela está realmente sendo bem cuidada. Demos todo amor para ela e creia que a ajudamos a se recuperar, espero que eles façam isso por ela também; exclamou o pai das menias, quase chorando.
A apresentadora, bastante animada, desejou boa sorte a todos e deixou claro estar feliz da vida por existir, ainda, pessoas com tamanha bondade nesse mundão louco. As meninas, chorando, se despediram aos beijos daquela saudosa desconhecida, a qual elas amaram como se sua fosse.
Termina a entrevista com as meninas indo embora, a velha chorando e lhes agradecendo por tudo, a apresentadora limpando seus olhos e uma música triste e linda rolando ao fundo.
Terminado o programa fui deitar pensando naquela família. Aproveitei e orei por cada um deles. Orei pelas meninas que amaram aquela doce e frágil estranha. Orei pelos pais das meninas, os quais as apoiaram nessa empreitada de amor, carinho e pura dedicação. Orei pela recuperanda senhora, para que não lhe faltasse nenhum tipo de amor, carinho e dedicação de todos os seus verdadeiros familiares.
Pensei, ainda, no que a palavra de Deus diz sobre as boas obras;pois elas praticadas sem que se tenha fé, se torna vã. Aquela incrível e maravilhosa família, com toda sua bondade, com todo o seu amor e respeito ao próximo, com atos de bondade inexplicáveis, caso não tenham entregado suas vidas a Cristo, infelizmente terá feito tudo aquilo em vão. Pensando nisso, aproveitei a oportunidade, pedi ao Senhor que lhes concedesse a oportunidade de Lhe conhecerem e passarem a adorá-Lo em espírito e em verdade. Em minha reles opinião, eles merecem a salvação e, sempre que lembrar, estarei orando por eles, estarei pedido para que Cristo seja misericordioso com todos eles e que ele possam aceitá-Lo e se entregar e, a partir de então, ter seus nomes escritos no livro da vida.
Que o Senhor opere em suas vidas em todo o tempo.
Amém!

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